Meus caros leitores, prestem atenção nesse dado histórico de Precificação e Lucratividade: as campanhas promocionais não são invenção da internet, nem do varejo moderno. No início do século XX, nos Estados Unidos, grandes lojas de departamento começaram a oferecer liquidações logo após o Dia de Ação de Graças. O objetivo era simples: liberar espaço para as vendas de Natal.
Com o tempo, esse movimento cresceu até se tornar a famosa Black Friday. O que começou como um dia de oportunidade real virou um ritual global de consumo, marcado por filas quilométricas, sites congestionados e milhões de consumidores em busca do “negócio da vida”, aquela bagunça total que tanto conhecemos.
Mas junto com a chance legítima de comprar barato, surgiu também o truque sujo do “tudo pela metade do dobro” — preços inflados antes da promoção, apenas para parecerem descontos agressivos depois.
Líder, essa prática pode até render vendas rápidas, mas mina algo fundamental em qualquer negócio: a confiança.

A farsa da “metade do dobro”
Líder, vamos falar a real: quem nunca viu uma etiqueta mostrando “de R$ 200 por R$ 99,90”, quando todo mundo sabe que aquele produto nunca custou mais que R$ 100?
Esse tipo de manipulação ainda domina certas campanhas de Black Friday no Brasil. Funciona no curto prazo, mas o consumidor atual não é ingênuo: com dois cliques no celular, descobre o preço real e expõe a marca nas redes sociais.
Uma venda pode enganar, mas uma reputação perdida não se recupera.
O preço justo como motor de crescimento
Precificação honesta não é vender barato, é vender com clareza. Um preço justo é construído em três pilares sólidos:
- Custos reais: insumos, impostos, salários, aluguel e marketing.
- Margem justa: lucro não é pecado, é oxigênio. Sem margem adequada, o negócio não respira, não cresce, não sobrevive.
- Valor percebido: o cliente paga pela experiência, confiança e resultado, não só pelo produto.
Negócios que dominam esses três pontos não precisam de truques de marketing. O preço fala por si porque está ancorado em valor real.
O risco da guerra de preços
Líder, entrar em guerra de preços é uma armadilha. Sempre haverá alguém disposto a vender mais barato.
O resultado?
- Margens esmagadas.
- Caixa frágil.
- Equipe desmotivada.
- Clientes infiéis, que só caçam ofertas.
É a famosa corrida para o fundo do poço. E quem vive assim não constrói negócios, apenas sobrevive.
Líder, em uma disputa de preços, o único vencedor é o cliente que não retorna.

O poder da honestidade na precificação
Empresários que praticam preços transparentes conquistam algo maior que vendas: constroem confiança.
Os benefícios são claros:
- Ganham credibilidade e são lembrados como confiáveis.
- Atraem clientes dispostos a pagar pelo valor entregue.
- Conseguem investir em qualidade, inovação e expansão.
- Criam fidelização verdadeira, sem depender de liquidações forçadas.
Líder, honestidade não é só ética. É estratégia de diferenciação em mercados saturados.
Como aplicar a precificação honesta no seu negócio
Chega de conversa mole. Consumidor não é trouxa, e empresa que ainda insiste em empurrar “metade do dobro” está cavando a própria cova no mercado. Lider, quer jogar para ganhar? Então siga o campo de batalha da precificação honesta:
Checklist da ação imediata:
- Mapeie custos fixos e variáveis. Sem isso, você está navegando às cegas.
- Defina sua margem mínima de lucro. Negócio sem margem definida é negócio fadado a quebrar.
- Pesquise a concorrência como referência, não como cópia. Copiar preço é estratégia de amador.
- Comunique claramente seu diferencial de valor. Se você não mostrar por que é diferente, o cliente só vai olhar preço.
- Use descontos como arma estratégica, não como muleta. Desconto não pode ser esmola, tem que ser tática.
Exemplo de campo de batalha:
Preço enganoso
“De R$ 200 por R$ 99” (sem base real)
Preço honesto
“Últimas peças: 20% OFF” (promoção transparente)
Conclusão: o mercado não perdoa farsas. Quem constrói reputação em cima de confiança fideliza, ganha margem saudável e deixa o concorrente preso na guerra de centavos.

Líder, confiança não tem desconto
A Black Friday pode ter nascido como uma estratégia legítima, mas quando descamba para a “metade do dobro”, perde seu propósito. Vender com base em truques pode até gerar barulho, mas destrói credibilidade.
No fim, o cliente compra confiança — e confiança não entra em liquidação.
A pergunta que todo empreendedor precisa se fazer é simples:
Como você prefere ser lembrado, como o mais barato ou como o mais confiável?
Chegou a hora de tirar sua empresa do piloto automático. Quer orientação prática para aplicar isso hoje no seu negócio?
Conecte-se comigo. Vamos construir sua estratégia vencedora. Porque na Revista AlpinerZ a gente não entrega fórmulas mágicas, mas sim visão e ação:
tudo para seu negócio e gestão de A a Z.