Gestão de Negócios

Precificação honesta – vale a pena tudo pela metade do dobro?

3 de novembro de 2025

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Meus caros leitores, prestem atenção nesse dado histórico de Precificação e Lucratividade: as campanhas promocionais não são invenção da internet, nem do varejo moderno. No início do século XX, nos Estados Unidos, grandes lojas de departamento começaram a oferecer liquidações logo após o Dia de Ação de Graças. O objetivo era simples: liberar espaço para as vendas de Natal.

Com o tempo, esse movimento cresceu até se tornar a famosa Black Friday. O que começou como um dia de oportunidade real virou um ritual global de consumo, marcado por filas quilométricas, sites congestionados e milhões de consumidores em busca do “negócio da vida”, aquela bagunça total que tanto conhecemos.

Mas junto com a chance legítima de comprar barato, surgiu também o truque sujo do “tudo pela metade do dobro” — preços inflados antes da promoção, apenas para parecerem descontos agressivos depois.

Líder, essa prática pode até render vendas rápidas, mas mina algo fundamental em qualquer negócio: a confiança.

A farsa da “metade do dobro”

Líder, vamos falar a real: quem nunca viu uma etiqueta mostrando “de R$ 200 por R$ 99,90”, quando todo mundo sabe que aquele produto nunca custou mais que R$ 100?

Esse tipo de manipulação ainda domina certas campanhas de Black Friday no Brasil. Funciona no curto prazo, mas o consumidor atual não é ingênuo: com dois cliques no celular, descobre o preço real e expõe a marca nas redes sociais.

Uma venda pode enganar, mas uma reputação perdida não se recupera.

O preço justo como motor de crescimento

Precificação honesta não é vender barato, é vender com clareza. Um preço justo é construído em três pilares sólidos:

  • Custos reais: insumos, impostos, salários, aluguel e marketing.
  • Margem justa: lucro não é pecado, é oxigênio. Sem margem adequada, o negócio não respira, não cresce, não sobrevive.
  • Valor percebido: o cliente paga pela experiência, confiança e resultado, não só pelo produto.

Negócios que dominam esses três pontos não precisam de truques de marketing. O preço fala por si porque está ancorado em valor real.

O risco da guerra de preços

Líder, entrar em guerra de preços é uma armadilha. Sempre haverá alguém disposto a vender mais barato.

O resultado?

  • Margens esmagadas.
  • Caixa frágil.
  • Equipe desmotivada.
  • Clientes infiéis, que só caçam ofertas.

É a famosa corrida para o fundo do poço. E quem vive assim não constrói negócios, apenas sobrevive.

Líder, em uma disputa de preços, o único vencedor é o cliente que não retorna.

O poder da honestidade na precificação

Empresários que praticam preços transparentes conquistam algo maior que vendas: constroem confiança.

Os benefícios são claros:

  • Ganham credibilidade e são lembrados como confiáveis.
  • Atraem clientes dispostos a pagar pelo valor entregue.
  • Conseguem investir em qualidade, inovação e expansão.
  • Criam fidelização verdadeira, sem depender de liquidações forçadas.

Líder, honestidade não é só ética. É estratégia de diferenciação em mercados saturados.

Como aplicar a precificação honesta no seu negócio

Chega de conversa mole. Consumidor não é trouxa, e empresa que ainda insiste em empurrar “metade do dobro” está cavando a própria cova no mercado. Lider, quer jogar para ganhar? Então siga o campo de batalha da precificação honesta:

Checklist da ação imediata:

  1. Mapeie custos fixos e variáveis. Sem isso, você está navegando às cegas.
  2. Defina sua margem mínima de lucro. Negócio sem margem definida é negócio fadado a quebrar.
  3. Pesquise a concorrência como referência, não como cópia. Copiar preço é estratégia de amador.
  4. Comunique claramente seu diferencial de valor. Se você não mostrar por que é diferente, o cliente só vai olhar preço.
  5. Use descontos como arma estratégica, não como muleta. Desconto não pode ser esmola, tem que ser tática.

Exemplo de campo de batalha:

Conclusão: o mercado não perdoa farsas. Quem constrói reputação em cima de confiança fideliza, ganha margem saudável e deixa o concorrente preso na guerra de centavos.

Líder, confiança não tem desconto

A Black Friday pode ter nascido como uma estratégia legítima, mas quando descamba para a “metade do dobro”, perde seu propósito. Vender com base em truques pode até gerar barulho, mas destrói credibilidade.

No fim, o cliente compra confiança — e confiança não entra em liquidação.
A pergunta que todo empreendedor precisa se fazer é simples:

Como você prefere ser lembrado, como o mais barato ou como o mais confiável?

Chegou a hora de tirar sua empresa do piloto automático. Quer orientação prática para aplicar isso hoje no seu negócio?

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