Caro líder, marketing é uma palavra conhecida para você? Com certeza é!
Mas, talvez passe pela sua cabeça que marketing é complicado, com siglas, termos complexos e cheios de significado. Por isso mesmo, você, empreendedor, muitas vezes fica perdido sem saber o que fazer.
Contratar uma agência? Fazer seu próprio marketing digital? Delegar para alguém dentro da empresa? Como controlar isso? Quando e, mais importante, quanto investir? E ainda: onde?
Pretendo, nas edições desta revista, trazer, de forma despretensiosa, informações que possam lhe ajudar a desmistificar pelo menos um pouco esse tema e colaborar para decisões mais acertadas ou conscientes.
Entendendo o Marketing Digital
Então, vamos lá? Por onde começar? Vamos definir o que é Marketing Digital?
Ah, eu sei… é investir no Instagram. Sim, não está errado, mas vamos conceituar um pouco mais.
Marketing digital é apenas uma variação do meio de comunicação – ou mídia – em que se divulga uma empresa, produto ou serviço. Portanto, se fôssemos definir esses meios no passado, antes do advento da internet, teríamos o marketing impresso, televisivo ou radiofônico. O fato é simples, eles não eram chamados assim. Algumas hipóteses prováveis: termos apenas essas formas de mídia, basicamente, e por serem todas analógicas.
Hoje o mundo é digital, temos a internet e, dentro dela, inúmeras formas de divulgação. No entanto, é essencial compreender que o digital é apenas o meio. Surge, então, a pergunta: o que é o marketing propriamente dito?

A Essência do Marketing
A palavra marketing foi inventada no início do século passado. Se, pensarmos mais profundamente no conceito, ele existe desde a primeira negociação entre o que hoje chamamos de vendedor e cliente. Ou ainda, de uma pessoa que possuía um produto e queria trocá-lo por outro. Rudimentar, mas já havia marketing ali instituído.
A sociedade evoluiu, os conceitos evoluíram e chegamos aqui. Hoje, o marketing é estudado, conceituado e tem definições claras. Vejamos algumas delas!
Em alguns livros, é citado o seguinte conceito: “O objetivo da venda é satisfazer a necessidade do cliente; o objetivo do marketing é descobrir sua necessidade.” Essa definição nos mostra que o marketing vai além de apenas vender; ele busca compreender o cliente em profundidade.
Já li também que marketing tem o objetivo de criar uma necessidade. Reservo-me o direito de discordar disso. As necessidades já existem. Quer ver?
Exemplos Práticos
Você vai comprar um tênis para passeio. O vendedor oferece a você um modelo capaz de suportar maratonas profissionais, cheio de tecnologias e benefícios. O marketing aqui explora os desejos fundamentais do ser humano: superação, destaque, identificação com valores específicos e pertencimento a comunidades que compartilham essas aspirações. Pronto, esse desejo, essa necessidade já está dentro da gente e é aflorada com as características descritas.
Mais um exemplo? Pense ‘naquela’ empresa de smartphones – sim, aquela dos telefones mais desejados do planeta. Talvez você tenha um, não é?
Bom, se tem, está inserido nesse grupo de pessoas que possuem uma série de tecnologias que talvez nem usem. O marketing se encarregou de explorar desejos como pertencimento, exclusividade e integração com o objeto. Afinal, com o “I”, seus produtos trazem o “EU” primeiro. E todas essas necessidades trabalhadas pelo marketing fizeram as pesoas escolherem esse produto, mesmo que não precisem efetivamente dele, mas trás todo esse pacote de necessidade de pertencimento do ser-humano.

A Evolução do Marketing
Com a evolução, o marketing passou por fases ou orientações que acompanharam as transformações da sociedade, das informações e da tecnologia. Inicialmente, tivemos a orientação ao produto. Em seguida, surgiu a orientação ao cliente. Posteriormente, veio a orientação à marca – ou branding – e, agora, estamos na orientação digital.
Importante lembrar que o branding não deixou de ser relevante; ele trabalha junto com o digital. Lembra do smartphone?
Hoje estamos na era digital, mas a marca continua sendo importante. As pessoas compram marcas, sim, mas marcas que transmitam sensações e valores que atendam às necessidades – subjetivas – dos consumidores. Que gerem emoções. Ah, a emoção!
O Cliente no Centro de Tudo
Como as empresas fazem isso? É aí que entra o marketing enquanto ciência.
O primeiro passo é estudar o cliente. Quais são as necessidades desse cliente? Vamos entender isso através do comportamento dessas pessoas ou grupos de pessoas. Existem grupos de todos os tipos, de todas as tribos, com todo tipo de necessidade. E o estudo do marketing vai conseguir identificá-las.
A partir dessa identificação, traçamos um perfil, o que modernamente chamamos de Avatar ou Persona. Nada mais é do que o cliente ideal.

Como Começar
Ah, você produz patins em linha? Então, seu público pode ser composto por pessoas jovens, entre 12 e 19 anos, que gostam de esportes radicais e estão frequentemente em competições ou parques. Esse é apenas um esboço de como iniciar uma análise, caso você não tenha um profissional de marketing ou agência de publicidade. Tocaremos nesse ponto nas próximas edições.
Líder, seja você um iniciante ou um veterano, seja você quem cuida do marketing ou quem delega essa função, é importante entender qual necessidade seu produto ou serviço supre. Com boas estratégias, agregue valor à sua marca. Esses valores vão além das características de qualidade. Eles devem suprir necessidades com excelência.
Não é só um tênis; é um tênis profissional. Não é só um relógio que marca horas; é um relógio que resiste a mergulhos de 100m – mesmo que o cliente não leve o produto para o banho.
Espero que, com este artigo, mesmo de forma sucinta, eu tenha trazido algum apoio a você, Líder Empreendedor. Ainda temos muito para conversar, e este é apenas o começo, estamos na jornada de A a Z.